ASSOBRAFIR Ciência
https://assobrafirciencia.org/article/doi/10.47066/2177-9333.AC.2020.0009
ASSOBRAFIR Ciência
Artigo de Revisão

Protocolo fisioterapêutico com base na escala Perme Intensive Care Unit Mobility Score para doentes críticos

Luisa Farias Thielo, Luciana Dias Quintana, Marilene Rabuske

Downloads: 58
Views: 2598

Resumo

Introdução: a mobilização precoce é capaz de prevenir e tratar complicações de saúde, assim favorecendo a condição clínica do paciente, reduzindo o tempo de internação e custos hospitalares. O foco principal do fisioterapeuta deve ser voltado para minimizar o declínio funcional durante a internação hospitalar, o que só se torna possível através de avaliações e reavaliações durante todo o período de hospitalização. Objetivo: revisar a literatura a fim de elaborar um protocolo baseado na escala Perme e no MRC para fornecer recomendações de exercícios eficazes e aplicáveis à realidade e disponibilizar um recurso para padronizar o atendimento ao paciente crítico após alta da unidade intensiva. Métodos: a pesquisa de literatura foi realizada em busca de estudos nas bases de dados eletrônicos, excluindo aqueles que não tinham relação com o tema e incluindo estudos sobre avaliação e protocolo de exercícios. Sendo assim foram utilizados 8 artigos para a elaboração do protocolo. Resultado: protocolo elaborado dividido em 4 níveis com base na escala Perme e Medical Research Council. Conclusão: avaliações periódicas e reavaliações são de grande importância para quantificar a recuperação do paciente. A mobilização precoce realizada através de um instrumento norteador como o protocolo está associada a melhores resultados funcionais. Outros estudos devem ser feitos a fim de ampliar conhecimento e quantificar maior número de evidências e resultados.

Palavras-chave

Serviço Hospitalar de Fisioterapia; Fisioterapia Intensiva; Avaliação Funcional; Força Muscular; Debilidade Muscular.

Referências

1. Machado AS, Nunes RD, Rezende AAB. Intervenções fisioterapêuticas para mobilizar precocemente os pacientes internados em unidades de terapia intensiva: estudo de revisão. Rev Amazonia Sci Health. 2016 Abr/Jun;4(2):41-6. http://dx.doi.org/10.18606/2318-1419/amazonia.sci.health. v4n2p41-46.

2. Mota CM, Silva VG. A segurança da mobilização precoce em pacientes críticos: uma revisão de literatura. Rev Interfaces Cient Saúde Ambiente. 2012;1(1):83-91. http://dx.doi. org/10.17564/2316-3798.2012v1n1p83-91.

3. Nacer RS. Novos paradigmas da abordagem fisioterapêutica na unidade de terapia intensiva: mobilização precoce no paciente crítico. Interbio. 2012;6(1).

4. Gosselink R, Bott J, Johnson M, Dean E, Nava S, Norrenberg M, et al. Physiotherapy for adult patients with critical illness: recommendations of the European Respiratory Society and European Society of Intensive Care Medicine Task Force on Physiotherapy for Critically Ill Patients. Intensive Care Med. 2008;34(7):1188-99. http://dx.doi.org/10.1007/s00134-008- 1026-7. PMid:18283429.

5. Morris PE, Goad A, Thompson C, Taylor K, Harry B, Passmore L,  et  al. Early intensive care unit failure. Crit Care Med. 2008;36(8):2238-43. http://dx.doi.org/10.1097/ CCM.0b013e318180b90e. PMid:18596631.

6. França EÉ, Ferrari F, Fernandes P, Cavalcanti R, Duarte A, Martinez BP,  et  al. Fisioterapia em pacientes críticos adultos: recomendações do Departamento de Fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(1):6-22. PMid:23917708.

7. Perme C, Nawa RK, Winkelman C, Masud F. A tool to assess mobility status in critically ill patients: the Perme Intensive Care Unit Mobility Score. Methodist DeBakey Cardiovasc J. 2014 Jan-Mar;10(1):41-9. http://dx.doi.org/10.14797/mdcj10-1-41. PMid:24932363.

8. Kawaguchi VM, Pires No RC. Alterações hemodinâmicas durante alteração de exercícios em pacientes críticos. Programa de atualização em fisioterapia em terapia intensiva adulto. PROFISIO. 2015;5(3):87-110.

9. Dubb R, Nydahl P, Hermes C, Schwabbauer N, Toonstra A, Parker AM,  et  al. Barriers and strategies for early mobilization of patientsin intensive care units. Ann Am Thorac Soc. 2016 May;13(5):724-30. http://dx.doi. org/10.1513/AnnalsATS.201509-586CME. PMid:27144796.

10. Aquim EE, Bernardo WM, Buzzini RF, Azeredo NSG, Cunha LSD, Damasceno MCP,  et  al. Diretrizes brasileiras de mobilização precoce em unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(4):434-43. http://dx.doi. org/10.5935/0103-507X.20190084. PMid:31967216.

11. Guimarães FS, Martins JA. Assobrafir Profisio: fisioterapia em terapia intensiva no adulto. Porto Alegre: Panamericana; 2010. (Ciclo 1, módulo 1).

12. Hermans G, van den Berghe G. Clinical review: intensive care unit acquired weakness. Crit Care Trop. 2015 Oct;19(1):1-9.

13. Monteiro N, Guedes G, Rocha Jr A. Análise da qualidade de vida dos pacientes internados em âmbito hospitalar: importância da Fisioterapia. Rev Interdisciplin Estud Exp. 2009;1(4):7-12.

14. Pinheiro A, Christofoletti G. Fisioterapia motora em pacientes internados na unidade de terapia intensiva: uma revisão sistemática. Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(2):188- 96. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-507X2012000200016. PMid:23917769.

15. Clini E, Ambrosino N. Early physiotherapy in the respiratory intensive care unit. Respir Med. 2005;99(9):1096-104. http:// dx.doi.org/10.1016/j.rmed.2005.02.024. PMid:16085211.

16. Stevens RD, Marshall SA, Cornblath DR, Hoke A, Needham DM, De Jonghe B, et al. A framework for diagnosing and classifying intensive care unit-acquired weakness. Crit Care Med. 2009;37(10, Supl. 10):299-308. http://dx.doi. org/10.1097/CCM.0b013e3181b6ef67. PMid:20046114.

17. Martinez BP, Bispo AO, Duarte ACM, Mansueto GN. Declínio funcional em uma unidade de terapia. Rev Inspirar Mov Saúde. 2013;5(1):1-5.

18. Norrenberg M, Backer D, Moraine JJ. Oxygen consumption can increase during passive leg mobilization. Intensive Care Med. 1995;21(Supl):S177.

19. Borges VM, Oliveira LRC, Peixoto E, Carvalho NAA. Fisioterapia motora em pacientes adultos em terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(4):446-52. http://dx.doi.org/10.1590/ S0103-507X2009000400016. PMid:25307338.

20. Jung K-S, Cho H-Y, In T-S. Trunk exercises performed on an unstable surface improve trunk muscle activation, postural control, and gait speed in patients with stroke. J Phys Ther Sci. 2016;28(3):940-4. http://dx.doi.org/10.1589/jpts.28.940. PMid:27134389.

21. Castaneda L, Bergmann A, Bahia L. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde: uma revisão sistemática de estudos observacionais. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(2):437-51. http://dx.doi. org/10.1590/1809-4503201400020012ENG. PMid:24918415.

22. Buttignol M, Pires No RC, Annoni R. Protocolos de mobilização precoce no paciente crítico: up-to-date. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, editor. PROFISIO ciclo 7. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p. 61-101. (Sistema de Educação Continuada a Distâncias, vol. 2).

23. Silva IT, Oliveira AA. Efeitos da mobilização precoce em pacientes críticos internados em UTI. C&D Rev Eletrôn Fainor. 2015;8(2):41-50.

24. Nielsen KG, Holte K, Kehlet H. Effects of posture on postoperative pulmonary function. Acta Anaesthesiol Scand. 2003;47(10):1270-5. http://dx.doi.org/10.1046/j.1399- 6576.2003.00240.x. PMid:14616326.

25. Hickmann CH, Montecinos-Munoz RN, Castanares-Zapatero D, Arriagada-Garrido RS, Jeria-Blanco U, Gizzatullin T, et al. Acute effects of sitting out of bed and exercise on lung aeration and oxygenation in critically Ill subjects. Respir Care. 2021;66(2):253-62. http://dx.doi.org/10.4187/ respcare.07487. PMid:32994357.

26. Lee JJ, Waak K, Grosse-Sundrup M, Xue F, Lee J, Chipman D, et al. Global Muscle strength but not grip strength predicts mortality and length of stay in a general population in a surgical intensive care unit. Phys Ther. 2012;92(12):1546-55. http://dx.doi.org/10.2522/ptj.20110403. PMid:22976446.

27. Santos F, Mandelli PGB, Ostrowski VR, Tezza R, Dias JS. Relação entre a mobilização precoce e tempo de internação em uma unidade de terapia intensiva. Rev Gestão & Saúde. 2015;6(2):1394-07. http://dx.doi.org/10.18673/ gs.v6i2.22475.

28. Burtin C, Clerckx B, Robbeets C, Ferdinande P, Langer D, Troosters T,  et  al. Early exercise in critically ill patients anhances short-term functional recovery. Crit Care Med. 2009;37(9):2499-505. http://dx.doi.org/10.1097/ CCM.0b013e3181a38937. PMid:19623052.

29. Vellar CM, Forti G. Ortostatismo passivo em pacientes comatosos na UTI – um estudo preliminar. Rev Neurociênc. 2008;16(1):16-9.

30. Schweickert WD, Pohlman MC, Pohlman AS, Nigos C, Pawlik AJ, Esbrook CL, et al. Early physical and occupational therapy in mechanically ventilated, critically ill patients: a randomised controlled trial. Lancet. 2009;373(9678):1874- 82. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(09)60658-9. PMid:19446324.

31. Bossi CL. A evolução dos exercícios resistido. Sprint Mag. 2003;(126):23-5.


Submetido em:
03/12/2020

Aceito em:
24/01/2021

6081b276a9539543df7eec62 assobrafir Articles
Links & Downloads

ASSOBRAFIR Ciência

Share this page
Page Sections