Atuação fisioterapêutica na rinossinusite crônica
KOCK, Kelser de Souza; SANTOS, Carolina Maria Camila dos
Resumo
Introdução: A rinossinusite crônica (RSC) é uma doença inflamatória dos seios paranasais e das vias aéreas superiores, caracterizada por obstrução nasal, rinorreia, perda do olfato e dor facial. A RSC afeta a qualidade de vida dos seus pacientes, devido a seus sintomas contínuos e persistentes. Objetivos: O objetivo foi avaliar o efeito da intervenção fisioterapêutica, com o uso da drenagem linfática manual e o óleo essencial de eucalipto em pacientes portadores de RSC. Métodos: Ensaio clínico controlado randomizado. Os instrumentos utilizados foram: idade, sexo, sintomas, escala Nasal Obstruction Symptom Evaluation Scale (NOSE), Pico de Fluxo Expiratório Nasal para avaliar a obstrução nasal, questionário de qualidade de vida SF-36, escala visual analógica para dor facial e obstrução nasal. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo experimental (GE), que recebeu lavagem nasal, drenagem linfática manual com óleo essencial de eucalipto, e grupo controle (GC) submetido à lavagem nasal e deslizamento superficial na face. Resultados: Ao avaliar os efeitos pré e pós-intervenção fisioterapêutica, houve diferença estatística significativa na qualidade de vida SF-36, obstrução nasal, percepção da dor facial e pontuação da escala NOSE, em ambos os grupos. Contudo, apenas a variável NOSE apresentou menor índice no GE, em comparação ao GC (p=0,034), na pós-intervenção fisioterapêutica. Conclusão: portadores de RSC se beneficiaram do protocolo de tratamento não farmacológico, para alívio dos sintomas, principalmente, no que se refere à obstrução nasal, quantificado pela escala NOSE.
Palavras-chave
Referências
1.Wang X, Zhang N, Bo M, Holtappels G, Zheng M, Lou H, et al. Diversity of TH cytokine profiles in patients with chronic rhinosinusitis: A multicenter study in Europe, Asia, and Oceania. J Allergy Clin Immunol. 2016 Nov;138(5):1344-1353. doi: 10.1016/j.jaci.2016.05.041. Epub 2016 Jul 15.
2. Velasco e Cruz AA, Demarco RC, Valera FC, dos Santos AC, Anselmo-Lima WT, Marquezini RM. Orbital complications of acute rhinosinusitis: a new classification. Braz J Otorhinolaryngol. 2007 Sep-Oct;73(5):684-8. doi: 10.1016/s1808-8694(15)30130-0.
3. Silva AEC, Leite AG, Cruz RSS, Carvalho GA, Oliveira AS, Urbano FOS. Abordagem atual no tratamento fisioterapêutico da rinossinusite. Rev Inspirar. 2014 Jan-Feb;6(1):12–7.
4. Sakano E, Sarinho ESC, Cruz AA, Pastorino AC, Tamashiro E, Kuschnir F, et al . IV Brazilian Consensus on Rhinitis - an update on allergic rhinitis. Braz J Otorhinolaryngol. 2018 JanFeb;84(1):3-14. doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2017.10.006.
5. Brazilian Guidelines on Rhinosinusitis. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2008;74(2 Suppl):6-59. doi: https://doi.org/10.1590/S0034-72992008000700002.
6. Noyama Y, Okano M, Fujiwara T, Kariya S, Higaki T, Haruna T, et al. IL-22/IL-22R1 signaling regulates the pathophysiology of chronic rhinosinusitis with nasal polyps via alteration of MUC1 expression. Allergol Int. 2017 Jan;66(1):42-51. doi: 10.1016/j.alit.2016.04.017. Epub 2016 Aug 5.
7. Rocha WA, Rodrigues KMG, Pereira RRR, Nogueira BV, Gonçalves WLS. [Acute effects of therapeutic 1-MHz ultrasound on nasal unblocking of subjects with chronic rhinosinusitis]. Braz J Otorhinolaryngol. Jan-Feb 2011;77(1):7-12. doi: 10.1590/s1808-86942011000100002.
8. DiFrancesco RC, Bregola EGP, Pereira LS, Lima RS. A obstrução nasal e o diagnóstico ortodôntico. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2006 Jan-Fev;11(1):107-13. doi: https://doi.org/10.1590/S1415- 54192006000100014.
9. Braun T, Rich M, Kramer MF. Correlation of three variables describing nasal patency (HD, MCA,NOSE score) in healthy subjects. Braz J Otorhinolaryngol. 2013 Jun;79(3):354–8. doi: http://dx.doi. org/10.5935/1808-8694.20130062.
10. Kock KS, Minatto G, Rocker BK, Baptista RM, Pamato J, Vieira TD, Lourenço P. Ventilação voluntária máxima via oral e via nasal. Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1):19.
11. Pereira SM, Breda M, Silva DP, Menezes A, Ribeiro D, Dias L. Avaliação da qualidade de vida após cirurgia endoscópica nasossisunal: Rinossinusite crônica. Rev Portuguesa Otorrinolaringol Cir Cérvico-facial. 2016 Set;54(3):149–55. doi: https://doi.org/10.34631/sporl.641.
12. Anselmo-Lima WT, Sakano E, Tamashiro E, Nunes AAA, Fernandes AM, Pereira EA, et al. Rhinosinusitis: evidence and experience. A summary. Braz J Otorhinolaryngol. 2015 Feb;81(1):8-18. doi: https://doi.org/10.1016/j.bjorl.2014.11.005.
13. Castro LN, Mello MM, Fernandes WS. Avaliação da prática de automedicação com descongestionantes nasais por estudantes da área da saúde. J Health Sci Inst. 2016 Jul-Sep;34(3):163–7.
14. Lemiengre MB, van Driel ML, Merenstein D, Liira H, Mäkelä M, De Sutter AI. Antibiotics for acute rhinosinusitis in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Sep 10;9(9):CD006089. doi: 10.1002/14651858.CD006089.pub5.
15. MMachin D, Campbell MJ, Tan SB, Tan SH. Sample size tables for clinical studies. 3rd ed. Chicester, UK: Wiley-Blackwell; 2009. doi: 10.1002/9781444300710.
16. Oliveira GMM. Verificação dos picos de fluxo inspiratório e expiratório nasal e a utilidade clínica na avaliação da obstrução nasal de pacientes com rinite alérgica [Dissertação] [Internet]. Recife: Universidade Federal de Pernambuco; 2012. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/ handle/123456789/10125.
17. Fernandes BCW, Ferreira KCP, Marodin MF, Val MON, Frez AR. Influência das orientações fisioterapêuticas na qualidade de vida e na sobrecarga de cuidadores. Fisioter Mov. 2013 Mar;26(1):151– 8. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-51502013000100017.
18. Mendes AI, Wandalsen GF, Solé D. Métodos objetivos e subjetivos de avaliação da obstrução nasal. Rev Bras Alerg Imunopatol. 2011 Nov-Dez;34(6):234–40.
19. Matoso KR, Benati MAFNO. Os benefícios da drenagem linfática no pós-operatório de cirurgias plásticas. Rev. Saberes FSP. 2019 Jan-Jul;9(1):1.
20. Saito T, Tsuzuki K, Nishikawa H, Okazaki K, Hashimoto K, Sakagami M. Nasal Symptom Questionnaire: Our proposed scoring system and prognostic factors in chronic rhinosinusitis. ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2018 Dec;80(5-6):296-306. doi: 10.1159/000492965. Epub 2018 Oct 11.
21. Ting F, Hopkins C. Outcome Measures in Chronic Rhinosinusitis. Curr Otorhinolaryngol Rep. 2018;6(3):271-5. doi: 10.1007/s40136-018-0215-3. Epub 2018 Aug 16.
22. Hipps YG, Hacker YE, Hoffmann DL, Brinckmann JA, Socci RR, Rogers D. Self-Reported Quality of Life in Complementary and Alternative Medicine Treatment of Chronic Rhinosinusitis Among African Americans: A Preliminary, Open-Label Pilot Study. J Altern Complement Med. 2009 Jan;15(1):67-77. doi: 10.1089/acm.2008.0163.
23. Laguardia J, Campos MR, Travassos C, Najar AL, Anjos LA, Vasconcellos MM. Brazilian normative data for the Short Form 36 questionnaire, version 2. Rev Bras Epidemiol. 2013 Dec;16(4):889–97. doi: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2013000400009.
24. Camelo-Nunes IC, Solé D. Allergic rhinitis: indicators of quality of life. J Bras Pneumol. 2010 JanFeb;36(1):124–33. doi: https://doi.org/10.1590/S1806-37132010000100017.
25. Silva LMF, Menezes TC, Calles ACN. Análise da efetividade do tratamento fisioterapêutico na rinossinusite crônica: revisão de literatura. Ciênc Biol Saúde. 2014 Maio;2(1):193–203.
26. Passali D, Cambi J, Passali FM, Bellussi LM. Phytoneering: a new way of therapy for rhinosinusitis. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2015 Feb;35(1):1–8.
27. Rotter N. Evidence and evidence gaps in therapies of nasal obstruction and rhinosinusitis. GMS Curr Top Otorhinolaryngol Head Neck Surg. 2016 Dec 15;15:Doc06. doi: 10.3205/cto000133. eCollection 2016.
28. Mortazavi H, Khalighi H, Goljanian A, Noormohammadi R, Mojahedi S, Sabour S. Intra-oral low level laser therapy in chronic maxillary sinusitis: A new and effective recommended technique. J Clin Exp Dent. 2015 Dec 1;7(5):e557-62. doi: 10.4317/jced.52282. eCollection 2015 Dec.
29. Helms S, Miller A. Natural treatment of chronic rhinosinusitis. Altern Med Rev. 2006 Sep;11(3):196–207. 30. Sonehara E, Galvão ACM, Caldas LS, Gurgel MP. Atuação fisioterapêutica na sinusite crônica. Rev Bras Fisioter. 2008;14(Supl 1):438.
Submetido em:
10/09/2019
Aceito em:
07/09/2020
Facebook
Google+
Twitter
LinkedIn
Mendeley
StumbleUpon
CiteULike
Reddit
Email