Análise da funcionalidade e incapacidade em pacientes com insuficiência cardíaca
Karen Gomes Carvalho, Giovanna Oliveira Valle, Gabriela de Sousa Martins, Natalia Turri da Silva, Marianne Lucena da Silva, Letícia de Araújo Morais, Gerson Cipriano Junior, Wagner Martins, Graziella França Bernardelli Cipriano
Resumo
Introdução: Apesar do incentivo da inserção da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e saúde (CIF) nos serviços de saúde, sua aplicação não se mostra rotineira nos programas de reabilitação cardíaca. Objetivo: Identificar a funcionalidade e incapacidade, baseado na CIF, nos pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC). Métodos: Estudo transversal, avaliando pacientes com IC, submetidos a um exame clínico para a codificação da CIF, sendo: I – Funções do corpo; II - Estruturas do corpo; III – Atividade e Participação; IV – Fatores Ambientais. Os componentes I, II, e III estão relacionados com parte 1 da CIF, destinados a classificar funcionalidade e incapacidade e o componente IV está relacionado com a classificação dos fatores contextuais. Realizamos uma análise descritiva das variáveis categóricas (frequências e proporções) e numéricas (média e desvio padrão). Efetuamos a somatória do total de ocorrências codificadas em todas as entrevistas para realização do cálculo das razões. Resultados: Participaram 19 sujeitos, com média de idade 52 ± 11 anos. No componente “funções do corpo”, a funcionalidade foi prevalente: funções da voz e fala (39,5%); e funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematológico e imunológico e do aparelho respiratório (17,0%). No componente “estrutura do corpo” a funcionalidade menor quando relacionada com a voz e a fala (16,0%); e estrutura do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematológicos e imunológicos e do aparelho respiratório (16,0%). No componente “atividades e participação” a funcionalidade comunicação (39,0%) e incapacidade vida doméstica (43,0%) foram prevalentes. Nos “fatores ambientais”, a maior funcionalidade foi apoio e relacionamentos (35,0%) e na incapacidade no ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo homem (10,5%). Conclusão: A CIF em sua versão abrangente, demonstra ser uma ferramenta clínica útil na investigação da funcionalidade e incapacidade de pacientes com IC e os seus achados são condizentes com os sintomas e manifestações clínicas da doença estabelecidas na literatura.
Palavras-chave
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Submetido em:
26/09/2019
Aceito em:
20/07/2020
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