ASSOBRAFIR Ciência
https://assobrafirciencia.org/article/5de15de40e88258c534ce1d5
ASSOBRAFIR Ciência
Artigo Original

Análise das pressões respiratórias e volumes pulmonares em pacientes traqueostomizados através do método de oclusão simples em diferentes pressões do cuf

Respiratory pressure measurements and lung volumes in tracheotomised patients through simple oclusion method in different cuff pressures

Luana Moreira Coelho, Cristiane Contato

Downloads: 3
Views: 737

Resumo

Introdução: Os tubos de traqueostomia podem ser de metal ou plástico, os tubos de plástico apresentam um balonete denominado cuff, este apresenta um valor médio de insuflação 14-22 mmHg. Objetivo: observar se diferentes pressões do cuff alteram as pressões respiratórias e os volumes pulmonares em indivíduos traqueostomizados. Métodos: foram selecionados pacientes que se encontravam internados no Hospital Regional Antônio Dias (Patos de Minas), traqueostomizados, com cânula de plástico, fora da ventilação mecânica, podendo estar em oxigenioterapia ou não, e que os familiares tenham assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram realizadas medidas de PImáx, PEmáx, VM e VC com a pressão do cuff no valor encontrado e no valor ideal (22mmHg). Resultados: observou-se através das comparações entre as médias das pressões respiratórias e volumes pulmonares antes e após a insuflação ideal do cuff, aumento significativo da PImáx, VM e VC (p<0,05), quando comparado as pressões pulmonares com os valores de referência (Neder et al, 1999), tanto a PImáx quanto a PEmáx apresentaram-se inferiores (p<0,05). Conclusão: com a realização deste estudo conclui-se que a correta insuflação do cuff, apresenta relação com os valores de PImáx, PEmáx, VC e VM e ainda a necessidade de um protocolo específico para medidas das pressões respiratórias em pacientes traqueostomizados.

Palavras-chave

Coma; Força muscular; Mecânica respiratória; Traquéia; Traqueostomia

Abstract

Introduction: The tracheostomy tubes can be of metal or plastic. The plastic tubes have a “balonete” called cuff, this have a mean value of inflation 14-22 mmHg. Objective: observed if different pressure cuff change the respiratory pressures and the lung volumes of the tracheostomy individual. Methods: we selected patients were hospitalized at Hospital Regional Antônio Dias (Patos de Minas) tracheostomy, with plastic cannula, off mechanical ventilation, may be in oxygen or no, and the family have signed the term of consent.We performed measured Plmáx, PEmáx, VM and VC with the pressure of cuff found the ideal value (22mmHg). Results: we observed through comparisons between the average of respiratory pressures and lung volumes before and after the ideal inflation cuff, significant increase Plmáx, VM and VC (p<0,05), when comparison the lung pressures with the reference value (Neder et al., 1999) as Plmáx as PEmáx were lower (p<0,05). Conclusions: with this study concluded that the correct inflation cuff, have relation with the value Plmáx, PEmáx, VC and VM and the need of a specific protocol to measure the respiratory pressures in tracheostomy patients.

Keywords

Coma; Muscle strength; Respiratory mechanics; Trachea; Tracheostomy.

Referências

1. Souza WT. Traqueostomia. Rev Resid Méd. 1998 Jul./Set.;1(1).

2. Durbin CG Jr. Tracheostomy: why, when, and how? Respir Care. 2010 Aug;55(8):1056-68.

3. Camargo MF, Andrade APA, Cardoso FPF, Melo MHO. Análise das pressões intracuff em pacientes em terapia intensiva. Rev Assoc Méd Bras. 2006 Nov/Dez;52(6):405-8.

4. Oliveira AA, Nogueira AC, Coelho CC, Aquino ES, Diniz SC. Avaliação da musculatura inspiratória de pacientes traqueostomizados em regime de internação hospitalar. Fisioter Mov. 2008 Abr/Jun;21(2):31-7.

5. Souza RB. Pressões respiratórias estáticas máximas. J Bras Pneumol. 2002 Out;28(Supl.3):S155-65.

6. Pereira VF, França DC, Zampa CC, Fonseca MM, Tomich GM; Britto RR. Pressões respiratórias máximas: valores encontrados e preditos em indivíduos saudáveis. Rev Bras Fisioter. 2007 Set/Out;11(5):361-8.

7. Black LF, Hyatt RE. Maximal respiratory pressures: normal values and relationship to age and sex. Am Rev Respir Dis. 1969 May;99(5):696-702.

8. Vitacca M, Paneroni M, Bianch L, Clini E, Vianello A, Ceriana P et al. Maximal inspiratory and expiratory pressure measurement in tracheotomised patients. Eur Respir J. 2006 Feb;27(2):343-9.

9. Contato C, Carvalho EM. Medida das pressões respiratórias em pacientes traqueostomizados. In: Felix VN. Atual Med Intensiva. 2008;7: 77-80.

10. Almeida IP, Bertucci NR, Lima VP. Variações da pressão inspiratória máxima e pressão expiratória máxima a partir da capacidade residual funcional ou da capacidade pulmonar total e volume residual em indivíduos normais. Mundo da Saúde. 2008;32(2): 176-182.

11. Simões RP, Deus AP, Auad MA; Dionisio J;, Mazzonetto M, Borghi-Silva A. Maximal respiratory pressure in healthy 20 to 89 year-old sedentary individuals of central São Paulo State. Rev Bras Fisioter. 2010; feb;14(1):60-7.

12. Monteiro LS, Veloso CA, Araújo S, Terzi RGG. Comparação de dois métodos de mensuração da pressão inspiratória máxima em pacientes com ou sem alterações do nível de consciência. Rev Bras Ter Intensiva. 2006 Set;18(3):256-62.

13. Caruso P, Friedrich C, Denari SD, Ruiz SA, Dheinzelin D. The Unidirectional Valve Is the Best Method To Determine Maximal Inspiratory Pressure During Weaning. Chest. 1999 Apr;115(4):1096- 1101.

14. Marini JJ, Smith TC, Lamb V. Estimation of inspiratory muscle strength in mechanically ventilated patients: the measurement of maximal inspiratory pressure. J Crit Care.1986 Mar;1(1):32-38.

15. Guimarães FS, Alves FF, Constantino SS, Dias CM; Menezes SLS. Avaliação da pressão inspiratória máxima em pacientes críticos não-cooperativos: comparação entre dois métodos. Rev Bras Fisioter. 2007 Maio/Jun;11(3):233-8.

16. Fiz JA, Montserrat JM, Picado C, Plaza V, Augusti-Vidal A. How many manoeuvres should be done to measure maximal inspiratory mouth pressure in patients with chronic airflow obstruction. Thorax. 1989;44:419-21.

17. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007 Maio;33(Supl 2):S1-150.

18. Aranha AGA, Forte V, Perfeito JAJ, Leão LEV, Imaeda CJ, Juliano Y. Estudo das pressões no interior dos balonetes de tubos traqueais. Rev Bras Anestesiol. 2003 Nov/Dez;53(6):728-36.

19. Braz JRC, Navarro LHC, Takata IH, Junior PN. Endotracheal tube cuff pressure:need for precise measurement. São Paulo Med J. 1999 Nov 4;117(6):243-7.

5de15de40e88258c534ce1d5 assobrafir Articles
Links & Downloads

ASSOBRAFIR Ciência

Share this page
Page Sections