ASSOBRAFIR Ciência
https://assobrafirciencia.org/article/5de015a60e8825af3c4ce1d6
ASSOBRAFIR Ciência
Artigo Original

Qualidade de vida e nível de atividade física de pacientes portadores de insuficiência cardíaca crônica

Quality of life and physical activity level in patients with chronic heart failure

Pollyana Barbosa de Lima, Elizabeth Rodrigues de Morais

Downloads: 7
Views: 1031

Resumo

Introdução e objetivo: Portadores de Insuficiência Cardíaca (IC) sofrem modificações no padrão de vida normal, em virtude da incapacidade de realizar tarefas cotidianas decorrentes de sinais e sintomas como dispneia e fadiga, podendo comprometer a qualidade de vida. Sabe-se que a prática regular de exercício físico melhora a capacidade funcional e, consequentemente, a qualidade de vida. Objetivou-se avaliar a qualidade de vida e o nível de atividade física de portadores de insuficiência cardíaca do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Ambulatório IC/HC). Métodos: Trata-se de um estudo transversal. Participaram da pesquisa, 32 portadores de IC com média de idade de 53,56 ± 9,58 anos, sendo 53,1% do sexo feminino. Para avaliação da qualidade de vida, foi utilizado o questionário Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) e, para avaliação do nível de atividade física, foi utilizado o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ curto). Resultados: A média do escore de qualidade de vida foi de 38,0±17,8, sendo que 71,8% apresentaram escore abaixo de 50. Encontrou-se, na dimensão física, escore de 16,7±9,0 e, na dimensão emocional, 7,8±4,6. Ao avaliar o nível de atividade física dos portadores de IC, 65,7% (n=21) foram considerados sedentários ou irregularmente ativos e 34,3% (n=11) considerados ativos ou muito ativos. A qualidade de vida não foi melhor nos indivíduos ativos. Conclusão: Os pacientes portadores de IC do Ambulatório IC/HC apresentaram qualidade de vida satisfatória, com QV semelhante nos aspectos físicos e emocionais; porém, apresentaram nível de atividade física insatisfatório.

Palavras-chave

Insuficiência cardíaca; Atividade física; Qualidade de vida.

Abstract

Introduction and objective: Patients with heart failure (HF) go through changes in their life pattern due to the inability to perform daily tasks arising from signs and symptoms such as dyspnea and fatigue, which may impair the quality of life. It is known that regular physical activity improves functional capacity and consequently the quality of life. This study aimed to evaluate the quality of life and level of physical activity in patients with heart failure from Hospital das Clínicas of Universidade Federal de Goiás (Ambulatório IC/HC). Methods: This was a cross-sectional study. Thirty two HF patients have participated in this survey with a mean age of 53.56±9.58 years, 53.1 % female. To assess quality of life it was used the Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) and to evaluate the level of physical activity it was used the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ short). Results: The mean score of quality of life was 38.0±17.8, in which 71.8% have presented scores below 50. It was found in the physical domain a score of 16.7±9.0 and emotional domain 7.8±4.6. When evaluating the level of physical activity of patients with HF, 65.7% (n=21) were considered sedentary or irregularly active and 34.3% (n=11) were considered active or very active. The quality of life was not better in active individuals. Conclusion: Patients with HF from Ambulatório IC/HC had satisfactory quality of life, with similar physical and emotional aspects of QOL, however, they have presented unsatisfactory level of physical activity.

Keywords

Heart failure; Physical activity; Quality of life.

Referências

1. Bocchi EA, Marcondes-Braga FG, Ayub-Ferreira SM, Rohde LEP, Oliveira WA, Almeida DR, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol. 2009;93(1 supl.1):1-71.

2. Rossi Neto JM. A dimensão do problema da insuficiência cardíaca do Brasil e do mundo. Rev.Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2004 Jan-Fev;14(1):1-10.

3. Ribeiro DS, Mantovani MF. Caminhando para a cronicidade: as representações do adoecimento em adultos com dor torácica aguda. Cogitare Enferm. 2001 Jan-Jun;6(1):97-104.

4. Soares DA, Toledo JAS, Santos LF, Lima RMB, Galdeano LE. Qualidade de vida em portadores de insuficiência cardíaca. Acta Paul Enferm. 2008;21(2):243-8.

5. Oliveira TCT, Correia DMS, Cavalcanti ACD. Impacto da insuficiência cardíaca no cotidiano: percepção do paciente em acompanhamento ambulatorial. Rev enferm UFPE on line.. 2013 Jun;7(6):4497-7.

6. Montes Pena F, Amorim A, Fassbender C, Oliveira RFJ, Faria CAG. Insuficiência cardíaca e depressão: uma associação com desfechos negativos. Insuf Card. 2011 Nov;6(4):170-8.

7. Carvalho VO, Guimarães GV, Carrara D, Bacal D, Bocchi E. Validação da versão português do Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire. Arq Bras Cardiol. 2009 Jul;93(1):39-44.

8. The World Health Organization Quality of Life assessment (WHOQOL): Position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med. 1995 Nov;41(10):1403-9.

9. Campos FVS, Porto LGG. Qualidade de vida e nível de atividade física de pacientes em fase ambulatorial da reabilitação cardíaca. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2009;14(2):86-95.

10. Haskell WL, Lee IM, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, et al. Physical activity and public heath: updated adults from the American College of Sports Medicine and American Heart Association. Circulation. 2007 Aug 28;116(9);1081-93.

11. Matsudo S, Araújo T, Matsudo V, Andrade D, Andrade E, Oliveira L, Braggion, G. Questionário internacional de atividade física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Ativ Fis Saúde. 2001;6(2):5-18.

12. Callegari-Jacques, Sidia M. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed; 2003.

13. Santos JJA, Plewka JEA, Brofman PRS. Qualidade de vida e indicadores clínicos na insuficiência cardíaca: análise multivariada. Arq Bras Cardiol. 2009 Aug;93(2):159-66.

14. Nogueira IDB, Servantes DM, Nogueira PAMS, Pelcerman A, Salvetti XM, Salles F, et al. Correlação entre qualidade de vida e capacidade funcional na insuficiência cardíaca. Arq Brás Cardiol. 2010 Aug;95(2):238-43.

15. Saccomann ICR, Cintra FA, Gallani MCBJ. Quality of life in older adults with heart failure: assesment with a specific instrument. Acta Paul Enferm. 2011;24(2):179-84.

16. Chiodelli GC. Relação das forças musculares respiratória e periférica com a limitação nas atividades de vida diária em pacientes com insuficiência cardíaca [dissertação de mestrado]. Florianópolis (SC): Universidade do Estado de Santa Catarina; 2011.

17. Moura B. Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada: um alvo em movimento. Rev Port Cardiol. 2013 Set;32(9):653-5.

18. Parajón T, Lupón J, González B, Urrutia A, Altimir S, Coll R. Use of the Minnesota Living With Heart Failure Quality of Life Questionnaire in Spain. Rev Esp Cardiol. 2004 Feb;57(2):155-60. Spanish.

19. Pelegrino VM, Dantas RAS, Clark AMC. Determinantes da qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca. Rev Latinoam Enferm. 2011 MayJun;19(3):451-7.

20. Piña IL, Apstein CS, Balady GJ, Belardinelli R, Chaitman BR, Duscha BD, et al. Exercise and heart failure : a statement from the American Heart Association Committee on exercise, rehabilitation and prevention. Circulation. 2003 Mar 4;107(8):1210-25.

21. Jaenisch RB, Henteschke VS, Quagliotto E, Cavinato PR, Schmeing LA, Xavier LL, Dal Lago P. Respiratory muscle training improves hemodynamics autonomic function, baroreceptors sensitivity and respiratory mechanics in rates with heart failure. J Appl Physiol. 2011 Dec;111(6):1664-70.

22. Juenger J, Schellberg D, Kraemer S, Haunstetter A, Zugck C, Herzog W, Haass M. Health related quality of life in patients with congestive heart failure: comparison with other chronic diseases and relation to functional variables. Heart. 2002 Mar;87(3):235-41.

23. Coelho CF, Burini RC. Atividade física para prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Rev Nutr. 2009;22(6):937-46.

5de015a60e8825af3c4ce1d6 assobrafir Articles
Links & Downloads

ASSOBRAFIR Ciência

Share this page
Page Sections